
Sempre esperei que algo de mágico fosse acontecer em uma quinta feira qualquer, a próxima se aproxima... Não, não me pergunte o porquê da espera se nem eu sei. Só sei que espero. Um escudo encantado e um cavalo branco, uma bruxa e uma maçã envenenada, um gênio, uma lâmpada, uma sereia mesmo tão distante do mar procurando por um par de pernas disposto a ser seu.
Algo me sopra no ouvido que mágica não é sinônimo de contos de fadas. Que fazer se cresci vendo as princesas terem seus finais felizes nos filmes da Disney? Até os ratos tiveram, ora, pois também quero o meu! E que venha em uma quinta feira de sol! O fim que dê início a tudo que sonho, as possibilidades abertas da vida como um leque, uma bússola me apontando a direção certa a tomar.
Siga o que tiver mais coração, me vem à memória Caio Fernando Abreu e seus impulsos vitais de continuar tentando, o caminho com mais coração não significa sempre o melhor. E ainda me fala que apesar disso, vai ser o mais prazeroso, e pra tomar cuidado com tantos buracos e poços, eles vão aparecer querendo me devorar.
Estou parada diante de uma encruzilhada divida por uma floresta de espinhos. Se confiasse em minha espada, me embrenharia dentro deles até chegar ao castelo prometido, ou ao dragão adormecido que o guarda. Veja bem, não sou a princesa que espera na torre, mas o herói disposto a salvar algo precioso e guardado. Um herói procurando por coragem. Cadê a fada verde? Querida fada, da próxima vez, me mande uma espada que não seja feita de vidro.
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